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Setor de pneus pode revisar crescimento para este ano

Com o cenário nebuloso que se desenha para as montadoras neste ano, os fabricantes de pneus podem revisar o crescimento do setor para 2014. "Agora estamos avaliando qual será a perspectiva da indústria automotiva e das exportações para o ano. Por enquanto, o mercado de reposição vai bem, mas o setor também tende a cair se a produção cai", afirmou ao DCI o presidente da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip), Alberto Mayer.

 

O executivo destaca que os fornecedores da indústria automotiva dependem muito do desempenho das montadoras, que não foi positivo neste início de ano. "Esperemos que medidas do governo ajudem a reverter a situação", diz.

 

No acumulado de janeiro a abril deste ano, a Anip apurou vendas de pneus para as montadoras (o chamado mercado original) de 6,68 milhões de unidades, declínio de 10,6% em relação ao mesmo período de 2013.

 

A principal queda ocorreu no fornecimento para veículos de passeio – maior mercado em volumes -, que caiu 17,3%, para 3,65 milhões de unidades. Em seguida, a maior baixa ocorreu nas vendas ao segmento de equipamentos agrícolas, que observou redução de 14,3%, para 153,5 mil unidades na mesma base de comparação.

 

"Todos os investimentos programados por nossas associadas têm como base a expansão do mercado automobilístico. Porém, com o atual cenário de queda de produção e de rentabilidade, fica complicado manter os projetos de expansão e crescimento do setor", comenta o presidente da Anip.

 

Somente o segmento de reposição continua firme. Segundo dados da Anip, as vendas para o chamado after market atingiram 14,13 milhões de unidades no acumulado de janeiro a abril, um aumento de 11,8% na comparação com o mesmo período do ano passado.

 

Balança comercial

 

De janeiro a abril deste ano, a indústria de pneus registrou um déficit na balança comercial de US$ 82,2 milhões. "Esta baixa ocorreu mesmo com o esforço dos fabricantes na busca por mercados externos", diz Mayer.

No acumulado do ano, houve um aumento de 7,4% das exportações, porém, as importações superaram as vendas externas em 7,5 milhões de unidades. "Temos custos burocráticos, fiscais e administrativos que outros países não têm", diz Mayer.

Fonte: DCI