Setor de pneus fecha 1º semestre de 2016 com saldo negativo, segundo ANIP
Vendas em geral caíram 1,9%, em comparação ao mesmo período do ano passado; vendas para as montadoras fecha o semestre com queda de -20,8%
São Paulo, agosto de 2016 – A Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP) divulga o balanço setorial do primeiro semestre de 2016. Segundo a associação, o volume de vendas de pneus, em unidade, teve queda de -1,9% em relação ao mesmo período de 2015. Com destaque para as vendas para as montadoras que fechou o semestre com retração de -20,8% – saindo de 7,76 milhões de unidades para 6,14 milhões de unidades – e apresentou, pela 30º vez consecutiva, queda em todos os segmentos, em unidade de pneus: Industriais (-66,6%, saindo de 6,2 mil para 1,1 mil), OTR (-38,6%, saindo de 14,9 mil para 9,2 mil), Duas Rodas (-35,3%, saindo de 1,3 milhão para 844,9 mil), Carga (-32,0%, saindo de 581,1 mil para 394,9 mil), Agrícola (-24,5%, saindo de 189,9 mil para 143,3 mil), Passeio (-20,1%, 4,48 milhões para 3,6 milhões) e Camioneta (-0,9%, saindo de 1,2 milhão para 1,2 milhão).
“Os resultados negativos são reflexos da crise econômica e da baixa competitividade dos pneus nacionais. Por conta dos elevados custos operacionais e tributários no país, a indústria brasileira não consegue oferecer melhores preços, o que acaba limitando a competitividade do produto tanto para o mercado interno quanto para a exportação”, avalia Alberto Mayer, Presidente da ANIP.
A necessidade de adoção de políticas que melhorem a competitividade do setor de pneus levou a ANIP a apresentar propostas para alavancar o crescimento do setor, tais como questões fiscais e tributárias, desoneração do processo de logística reversa, melhor acesso a insumos essenciais para a produção de pneus, estímulos à exportação, implantação de margem de preferência para a indústria nacional nas compras públicas.
“O país precisa adotar políticas mais competitivas para estimular a indústria nacional e, consequentemente, aquecer a economia. Produzimos produtos de altíssima qualidade internamente, contudo não conseguimos disputar em pé de igualdade com os preços ofertados no mercado externo”, afirma Mayer.
Confira no infográfico os resultados do setor de pneus no primeiro semestre de 2016.