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Segmento de reposição impulsiona produção de pneus

A produção de pneus atingiu a marca de 5,83 milhões de unidades em janeiro, aumento equivalente a 6,8% na comparação com o mesmo mês de 2013, de acordo com dados divulgados na segunda-feira, 24, pela Anip, Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos. O crescimento foi impulsionado pelo setor de reposição, que respondeu por cerca 56% das vendas das empresas associadas à Anip, incluindo a Sumitomo Rubber, que comercializa a marca Dunlop e se associou no mês passado.

Alberto Mayer, presidente executivo da Anip, observa que as vendas no mercado de reposição são as mais altas dos últimos anos. “Foram vendidos 3,44 milhões de pneus para este segmento em janeiro. É uma porcentagem bem maior do que nos anos anteriores, quando raramente atingiu 50% do total comercializado”, comentou em nota. O executivo explica que além da redução de 11,5% nas vendas às montadoras e de 4,2% nas exportações, esse crescimento porcentual da reposição também parece indicar maior atenção do usuário com a segurança, antecipando a substituição de pneus em más condições. “Se confirmada essa tendência, trata-se de um fato auspicioso, pois ainda é muito comum ver veículos trafegando com pneus que já deveriam ter sido substituídos, criando riscos de acidentes”, diz Mayer.

Em janeiro último, foram produzidos 674 mil pneus de carga (alta de 6,4%), 737 mil de camionetas (avanço de 5,9%), 2,95 milhões de passeio (crescimento de 7,9%), 1,23 milhão de duas rodas (aumento de 5,8%) e 76 mil pneus para o segmento agrícola (alta de 1,9%). Apenas os pneus de aviões tiveram queda na produção, de 7,4%, para 4 mil unidades.

VENDAS DAS ASSOCIADAS

As vendas totais das 11 empresas associadas à Anip, que incluem produtos por elas importados, tiveram um aumento de 3,9% em janeiro passando de 5,91 milhões de unidades em 2013 para 6,14 milhões de unidades em 2014.

As exportações tiveram queda de 4,2%, passando de 1,15 milhão de unidades em 2013 para 1,10 milhão em janeiro deste ano. “Os pneus fabricados no Brasil tem tecnologia que atende às exigências do mercado internacional, mas as exportações são prejudicadas pelo Custo Brasil e ainda tivemos o efeito Argentina no começo do ano”, comenta Mayer.

As vendas de equipamento original também caíram, de 1,8 milhão de unidades para 1,6 milhão, na mesma base anual de comparação. Bem como as importações, que tiveram retração de 5,9%, de 4,47 milhões em janeiro de 2013 para 4,21 milhões em janeiro deste ano. Mas as importações de pneus de carga da China cresceram 138,5% no mês, em relação a janeiro de 2013.

BALANÇA COMERCIAL DESFAVORÁVEL

Diante destes resultados, a balança comercial do setor de pneumáticos ficou negativa em US$ 54,286 milhões. A participação de pneus importados no consumo aparente se manteve na faixa de 39%. “Se conseguirmos melhorar a competitividade da indústria local, que hoje é bastante afetada pelo chamado custo Brasil, vamos poder ver uma nova fase de investimentos no setor”, conclui o vice-presidente. 

Fonte: Automotive Business