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Rogério Cortes fala sobre a vinda de novos produtos

Há 28 anos na Michelin, ele abraça agora a causa das duas rodas e tem lançamentos para até 300 cc

Rogério Cortes está ha 28 anos na Michelin (foto: Mário Curcio)

Em 2012, a Michelin vendeu no Brasil cerca de 440 mil pneus para moto, equivalentes a 6% do volume de 7,3 milhões de unidades comercializadas por todas as empresas filiadas à Associação Nacional da indústria de Pneumáticos (Anip). Nos próximos dois a três anos, a gigante francesa quer elevar para 12% essa fatia do mercado brasileiro com produtos feitos na Espanha, Sérvia e Tailândia.

Para comandar esse voo mais alto, Rogério Cortes, com 28 anos de Michelin, passou a atuar há dois meses no segmento duas rodas. Ele é o atual diretor de marketing e vendas de pneus para motocicletas Michelin América do Sul e participou recentemente do lançamento de cinco linhas de pneus.

Duas delas (Pilot Street e Pilot Street Radial, veja aqui) são específicas para motos com cilindrada até 300 centímetros cúbicos, que representam aproximados 95% do mercado nacional.

Acompanhe a entrevista com o executivo.

Automotive Business – De quais fábricas vêm os novos pneus de baixa e média cilindradas?

Rogério Cortes –Eles são produzidos na Tailândia e na Sérvia.

Por que não produzir o Pilot Street no Brasil, já que seu desenvolvimento foi feito a partir de testes realizados no País?

O primeiro passo é ter volume para justificar investimentos. Neste momento não existe projeto (para fabricar pneus de moto no País), mas anualmente revisamos nosso plano para os próximos cinco anos. Em função desses estudos são tomadas decisões, o que não impede de haver uma fábrica no País. Nesse mesmo contexto, a Michelin vem fazendo investimentos importantes no Brasil, como o que ocorreu na fábrica de Itatiaia, no Rio de Janeiro (onde a empresa investiu € 300 milhões para produzir até 5 milhões de pneus por ano para automóveis e picapes).

Essa possível produção de pneus para moto poderia ocorrer dentro de alguma das unidades já existentes?

Seria preciso uma nova instalação industrial. A unidade de Campo Grande (bairro da cidade do Rio) não comporta. Eu não sei dizer se caberia em Itatiaia.

Sobre o pneu Pilot Street, para motos até 250 cc, já existe alguma campanha ou estratégia específica?

Já começamos a vendê-lo para a nossa rede. Estamos com planos de informação para que as pessoas conheçam e valorizem o produto. Vamos focar na nossa rede de 28 distribuidores (o Brasil tem cerca de 20 mil pontos de venda de pneus para moto).

Vocês citaram a venda a frotistas, já que os testes demonstram que o Michelin Pilot Street dura 30% mais que o principal concorrente. Que empresas são estas?

Vamos abordar os frotistas numa segunda etapa. São clientes como Correios, Ambev, Coca-Cola, Eletropaulo.