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Reciclanip coletou e destinou corretamente mais de 404 mil toneladas de pneus inservíveis no ano passado

Neste ano, a previsão de investimento dos fabricantes do país  em logística reversa é de R$ 99 milhões para atender aos 824 pontos de coleta nos 27 estados do País

A Reciclanip, entidade ligada à ANIP – Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos, coletou e destinou de forma ambientalmente correta mais de 404 mil toneladas de pneus inservíveis durante 2013. Esta quantia equivale a 81 milhões de unidades de pneus de carros de passeio. Um pneu é considerado inservível quando não há mais condição de ser utilizado para circulação ou reforma.

“A previsão de investimento para 2014 é de R$ 99 milhões, valor superior ao investido no ano passado. Esses recursos são utilizados para os gastos logísticos, que hoje representam mais de 60% dos nossos pagamentos, e também para todos os investimentos na destinação correta. Temos hoje mais de 824 pontos de coleta e uma média de 70 caminhões transitando diariamente, em todos os dias do ano. Toda essa complexa operação logística é comandada pela Reciclanip, que já tem experiência acumulada desde 1999, quando começou a coleta pelos fabricantes”, explica Alberto Mayer, presidente da ANIP (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos) e da Reclanip.

Desde 1999, quando os fabricantes de pneus iniciaram esse processo, 2,68 milhões de toneladas de pneus inservíveis foram coletados e destinados adequadamente, o equivalente a 536 milhões de pneus de passeio. Desde então, os fabricantes de pneus já investiram R$ 551 milhões no programa até dezembro de 2013.

Sugestão de Box –  Aumento do ponto de coleta

2013 – 824

2012- 743

2011 – 726

2010 – 576

2009 – 437

2008- 339

2007- 270

2006 – 220

2005 – 135

2004 – 85

Logística reversa

Os 824 pontos de coleta atuais estão distribuídos em todos os estados e Distrito Federal e foram criados em parceria, em princípio com prefeituras de municípios com mais de 100 mil habitantes ou um consórcio de municípios que possibilite atingir esse número mínimo. As prefeituras cedem os terrenos dentro das normas específicas de segurança e higiene para receber os pneus inservíveis vindos de origens diversas. O responsável pelo Ponto de Coleta comunica à Reciclanip sobre a necessidade de retirada do material quando atinge a quantidade de 2 mil pneus de passeio ou 300 pneus de caminhões. A partir daí, a Reciclanip programa a retirada do material com os transportadores conveniados.

Para saber onde levar pneus inservíveis é só consultar a lista com todos os pontos de coleta que está no site www.reciclanip.org.br

Reaproveitamento ou queima

No Brasil, os pneus inservíveis recolhidos pela Reciclanip são reaproveitados de diversas formas. Depois de moído o pneu, a borracha é separada dos demais componentes, especialmente do aço e o tecido, que também são reutilizados. Entre os produtos que reutilizam a borracha estão solados de sapato, materiais de vedação, dutos pluviais, pisos para quadras poliesportivas, pisos industriais e tapetes para automóveis. A borracha moída e separada também é misturada ao asfalto para uso em pavimentação, gerando o asfalto borracha, que apresenta importantes vantagens de segurança e durabilidade.

A maioria dos inservíveis é, no entanto, queimada como combustível alternativo nas indústrias de cimento, operação cercada de todos os cuidados ambientais necessários, com o uso de sistemas especiais de filtração e retenção.

Todas estas destinações são aprovadas pelo IBAMA como destinações ambientalmente adequadas.

“É muito importante que o consumidor tenha a consciência de não levar pneus velhos pra casa. Sempre que ele comprar um pneu novo, ele deve deixar seu pneu inservível na loja, que tomará as providências necessárias para que o pneu chegue até nosso ponto de coleta. Os pneus inservíveis descartados de forma errada contribuem para entupimentos de redes de águas pluviais e enchentes, poluição de rios e ocupam um enorme volume nos aterros sanitários e podem ainda ser foco para o mosquito da dengue. Se queimados de forma errada, geram poluição atmosférica”, diz Mayer.