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Piscina abandonada acumula água parada e preocupa moradores no Rio ( RJTV)

RJTV, Bom Dia Rio, Globo Comunidade – Rio de Janeiro/RJ 

 

 

A piscina de uma casa vazia na Vila Valqueire, no subúrbio do Rio de Janeiro, tem acumulado água de chuva e preocupado moradores do prédio vizinho. "Em menos de um mês, minha mãe, meu vizinho e eu contraímos dengue", afirma a leitora Talicane Borges Mêda.

Talicane relata que técnicos da prefeitura foram até o local há cerca de um ano após denúncia dos moradores, mas o problema não foi solucionado. "Eles alegam que não podem entrar", diz a leitora. "Colocaram remédios no ralo. Não fazem nada, estão apenas emitindo papéis de notificação."

A leitora diz que, da varanda de seu apartamento, conseguiu jogar produtos na piscina. "Compramos cloro, creolina e sal grosso para jogar dentro da piscina, mas a gente não sabe se isso é eficaz."

Possível foco de dengue no seu bairro?

O canal único para reclamações, solicitação de vistorias e denúncias de locais com possíveis focos é a central de atendimento da prefeitura, no 1746.

Resposta da Secretaria Municipal de Saúde: a pasta afirma que "o imóvel já está em processo de notificação compulsória. Caso o proprietário não entre em contato com a SMS após a terceira notificação, haverá o ingresso compulsório no local, após publicação em Diário Oficial".

O G1 consultou o infectologista Antônio Pignatari, do Hospital 9 de Julho, de São Paulo. Segundo o especialista, apenas jogar cloro na água não soluciona o problema. “Não resolve porque a água está parada. Tem que ser feito de uma maneira mais adequada. É preciso limpar [a piscina], não basta só jogar o cloro”, explica. Pignatari acrescenta ainda que creolina e sal grosso não são indicados para combater possíveis focos do Aedes aegypti.

Veja outras reclamações de leitores:

Um trecho da Avenida Brasil, em Realengo, na Zona Oeste, está sendo utilizado como depósito irregular de pneus velhos. O vigilante Luciano Azevedo conta que o problema começou há cerca de seis meses. “Os pneus costumam ficar ali por cerca de 20 dias. Aí tiram, fica uns três ou quatro dias sem nada e depois vem outra remessa”, descreve. O leitor afirma que entrou em contato com a prefeitura para relatar o problema pelo 1746, mas não obteve retorno.

Resposta da Secretaria Municipal de Saúde e da Comlurb: a secretaria informa que agentes de vigilância em saúde fazem, a cada 15 dias, uma aspersão com inseticida para evitar a eclosão dos ovos nos pneus.

A Comlurb informou que "faz recolhimento de pneus, duas vezes ao dia, na Avenida Brasil,  entre os bairros de Campo Grande e Fazenda Botafogo, na Zona Oeste,  incluindo quatro pontos onde há descarte de pneus por parte de borracheiros." A empresa afirma ainda que, na terça-feira (16), recebeu reclamação sobre o ponto fotografado pelo leitor. "A Gerência foi verificar e não encontrou mais pneus. A Comlurb vai monitorar o local", diz a empresa.

A Comlurb também esclarece que "os fabricantes e os importadores de pneus novos ficam obrigados a coletar e dar destinação adequada aos pneus" que já não têm mais serventia. Leia abaixo a explicação da empresa:

"A Comlurb coleta os pneus em logradouros públicos, diretamente nas borracharias e recebendo esses refugos, nos ecopontos e em várias de suas gerências de serviços instaladas em todos os bairros da cidade, levados voluntariamente pelos usuários.

De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Federal 12305/2010), artigo 33, são obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de pneus, entre outros produtos.  

O Governo Federal instalou, no dia 17 de fevereiro de 2011, o Comitê Orientador para Implementação de Sistemas de Logística Reversa que tem por finalidade definir as regras para devolução dos resíduos (aquilo que tem valor econômico e pode ser reciclado ou reutilizado) à indústria, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos. No caso dos pneus, a Resolução CONAMA 416/2009 estabelece que os fabricantes e os importadores de pneus novos ficam obrigados a coletar e dar destinação adequada aos pneus inservíveis existentes no território nacional, na proporção definida na Resolução.  A atuação conjunta da Comlurb, associação de borracheiros e ANIP deu início a ações para evitar o lançamento indiscriminado de pneus em locais inadequados, visando reduzir riscos sanitários."

Moradora registra água da chuva parada em piscinae caixa dágua com a tampa aberta.

A pedagoga Luciana de Jesus afirma que duas casas vizinhas ao prédio onde mora, no Méier, Zona Norte, possuem focos do mosquito da dengue. “A situação está insustentável, pois caixa d’água aberta, buracos e uma piscina sem tratamento com certeza são focos”, diz a leitora. “O local foi vendido para uma construtora e não está sendo cuidado devidamente”, alega Luciana, acrescentando que seu marido e a empregada que trabalha em sua casa estão com dengue.

A leitora fez uma reclamação à prefeitura, mas diz que o retorno não foi satisfatório. "Recebi a seguinte informação: sua solicitação de Vistoria em Possível foco de Dengue foi fechada com solução em 10/03/2013. Para a prefeitura foi encerrado, mas as fotos mostram que não foi feito absolutamente nada."

 

Resposta da Secretaria Municipal de Saúde e da construtora Sertenge: após contato do G1, a secretaria informou que uma equipe foi até o local na terça-feira (16). "Foi colocada uma capa na caixa dágua e a piscina foi tratada", diz em nota.

Em nota, a construtora Sertenge afirma que "já tomou as providências para a imediata limpeza. O local será mantido limpo e terá a água esgotada ao final de cada dia de chuva ou sempre que for necessário".

Leitora diz que, após reforma da calçada, água da chuva fica empoçada.

 

Uma reforma da calçada na Estrada dos Bandeirantes, na Curicica, Zona Oeste, deixou um desnível que impede o escoamento da água das chuvas. A comerciante Celia Regina Victorino Tavares reclama que o local é um "criadouro de mosquito da dengue". Pelo menos dois casos da doença foram registrados na região, segundo a leitora. "Não tem como escoar a água quando chove. Fica até esverdeada de limo, de tanto tempo que a água fica ali."

Resposta da Secretaria Municipal de Saúde e da Secretaria Municipal de Obras: segundo a SMS, "o local não é propício à proliferação de Aedes aegypti", pois "há incidência de sol em todo seu espelho d’água, além de piso inapropriado para proliferação de larvas".

A Secretaria Municipal de Obras esclarece que "estão em andamento no local obras para a implantação do corredor expresso Transcarioca, que vai ligar a Barra da Tijuca ao Aeroporto Internacional". As obras incluem a implantação de novas calçadas ao longo da Estrada dos Bandeirantes. "A SMO ressalta que vai fazer o ajuste necessário no local ainda esta semana".

Segundo o infectologista Antônio Pignatari, "qualquer poça dágua representa risco", inclusive as que se formam em ruas e calçadas. “Não é questão de bater sol ou não”, diz Pignatari. “Qualquer água parada, especialmente água limpa como a da chuva, pode ser foco de proliferação do mosquito”, esclarece.