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Fiat, Ford e VW querem monopólio das autopeças, diz sindicato do setor

O Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos (Sincopeças), “representando os principais estados do país´´, anunciou, em nota, ter entregue “ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) documento indicando a entrada como terceiro interessado no processo da Associação Nacional dos Fabricantes de Autopeças (Anfape) contra as montadoras Fiat, Ford e Volkswagen que buscam o domínio do mercado de autopeças, querendo impedir a atuação das empresas independentes.´´

Ainda segundo o comunicado, “as entidades sindicais se manifestam ao lado dos consumidores para a preservação de seus direitos, pela liberdade de escolha na hora do conserto do veículo.

– Nossa causa está totalmente relacionada às atividades comerciais dos associados do Sincopeças que querem ver preservados seus direitos e interesses de seus clientes – diz Renato Fonseca, presidente da Anfape.

Segue dizendo que “entre as informações contidas no documento, destaca-se o interesse do Sindicato em manter o direito e o dever de defender o setor de autopeças em geral, de modo a fomentar a atividade econômica que é fundamental para o crescimento socioeconômico do país, pois gera renda, serviços, tributos e é um dos setores que criam empregos diretos e indiretos, portanto, um dos mais eficientes em inclusão social.´´

Fonseca ressalta que os consumidores precisam ter total conhecimento do que acontecerá caso essas montadoras conquistem o monopólio do mercado, como almejam. O problema será agravado ainda mais se toda a cadeia de produção e comercialização de peças similares for eliminada, o que acabará com os fabricantes e com o mecânico de confiança.

– Os consumidores terão, inevitavelmente, que recorrer às concessionárias e ficarão reféns de qualquer tipo de abuso, inclusive em relação aos valores praticados – explica o executivo, que acrescenta: “a verdade é que essas montadoras querem eliminar a concorrência no setor de reposição de autopeças visuais dos veículos, como pára-choques, retrovisores, lanternas e capôs, que compõem o segmento de colisão, mas não conseguem abastecer o mercado de reposição´´.

As entidades sindicais que assinam formalmente o documento entregue ao Cade se referem aos estados de São Paulo, Acre, Piauí, Minas Gerais, Distrito Federal, Pernambuco, Rondônia, Ceará, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte e Goiás.

No início de 2007, a Anfape já havia formulado representação junto ao mesmo Cade denunciando a conduta das montadoras Fiat, Ford e Volkswagen, com o objetivo de assegurar às empresas do mercado independente de autopeças o direito de produzirem e comercializarem itens visuais dos veículos. A Associação considera que as montadoras utilizam seus registros de desenhos industriais de peças automotivas de forma abusiva, o que configura conduta contrária à ordem econômica brasileira.

 

Queda de 15,6% em vendas de pneus no bimestre preocupa fabricantes

O fornecimento de pneus por carro de passeio feito pelas associadas à Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip) às montadoras caiu 15,6% no bimestre, passando de 2,126 milhões para 1,794 milhões, acompanhando a queda na produção da indústria automobilística, apesar das medidas de estímulo do Inovar-Auto. Com isso, os pneus para equipamentos originais, que respondiam por 30,4% das vendas no primeiro bimestre de 2013, neste ano representam 26,5% do total.

– O começo do ano não foi dos melhores para o setor de automóveis e o fornecimento de pneus acompanhou o momento menos positivo – comenta o presidente executivo da Anip Alberto Mayer que se diz preocupado com a evolução deste segmento do mercado.

Para ele, a inclusão do setor de pneus no programa Inovar-Auto é importante para aumentar a competitividade dos fabricantes nacionais e permitir investimentos maiores em inovação.

– Um dos principais objetivos do Inovar-Auto é a redução do consumo de combustível, o que depende fortemente de uma nova geração de pneus, com uso dos chamados pneus verdes, que também trazem significativo ganho ambiental – diz Mayer.

No primeiro bimestre de 2013 as vendas de pneus de carga e agrícolas para montadoras cresceram (6,0%), ao contrário do que aconteceu com o fornecimento ao setor de automóveis. Mesmo assim o total fornecido aos fabricantes de veículos apresentou redução de 6,4%, passando de 3,52 milhões para 3,30 milhões de unidades em janeiro e fevereiro de 2014, comparando com 2013.

Fonte: Monitor Mercantil