Produção de pneus aumenta 2,2% nos primeiros sete meses do ano e aguarda medidas favoráveis do governo para o setor

No primeiro semestre deste ano a produção de pneus aumentou 2,2% em relação ao mesmo período de 2012, passando de 38,89 para 39,74 milhões de unidades de acordo com os dados da ANIP, Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos. Já as importações cresceram 17,8% nos primeiros sete meses de 2013 ante o mesmo período de 1012, atingindo 16,73 milhões de unidades. Os pneus importados responderam por 39% do consumo aparente.

“Estamos avaliando com o governo federal medidas que possibilitem ampliar a competitividade dos fabricantes do país e atrair novos investimentos, para assim acompanhar o projetado crescimento do setor automotivo brasileiro, previsto de acordo como Inovar-Auto”, informa Alberto Mayer, presidente da ANIP. Ele comenta que 70% dos custos da indústria vêm de insumos importados ou cotados em dólar, de modo que a desvalorização do real não representou um reforço para a competitividade do setor. “E os fabricantes do país têm a desvantagem adicional de maior carga tributária e os custos da burocracia e da infraestrutura logística deficiente” acrescenta Alberto Mayer.

Balança Comercial continua negativa

Na soma dos primeiros sete meses de 2013 as importações totais de pneus cresceram 17,8%, atingindo 16,73 milhões de unidades ante 14,21 milhões no mesmo período de 2012, não incluindo os destinados a veículos de duas rodas. Enquanto isso as exportações tiveram queda de 9,7%, com vendas externas de 7,17 milhões de unidades, comparadas com 7,94 milhões nos primeiros sete meses de 2012.

Em decorrência a Balança Comercial do setor manteve a tendência negativa apresentada a partir de 2010, com US$187,5 milhões de dólares de déficit. “Houve forte crescimento das importações neste início do ano, e este déficit no final de julho é 166% maior do que em todo o ano passado”, informa o presidente da ANIP.

Vendas

De janeiro a julho de 2013 as vendas das empresas associadas à ANIP (que incluem também pneus por elas importados) apresentaram um crescimento de 8,2%, passando de 38,85 no mesmo período de 2012 para 42,04 milhões de unidades. O aumento se deu nos dois segmentos do mercado interno: 14% para reposição com 21,44 milhões de unidades; 11% para montadoras com 13,43 milhões de pneus.

O maior crescimento entre os vários tipos de pneus continuou sendo na categoria industrial, com expansão de 66,8%, atingindo 1,18 milhão de unidades. A categoria agrícola ficou em segundo lugar com 19% de expansão, passando de 473 para 563 mil unidades.

Confira abaixo as demais categorias

• Carga, de 4,30 para 4,97 milhões de unidades = + 15,7%
• Camioneta de 5,00 para 5,83 milhões = + 16,7%
•  Passeio 19,17 para 20,50 milhões = + 7%

Sobre a ANIP

A ANIP – Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (www.anip.org.br), fundada em 1960, representa a indústria de pneus e câmaras de ar instalada no Brasil, que compreende dez empresas e 17 fábricas instaladas nos Estados de São Paulo (sete), Rio de Janeiro (três), Rio Grande do Sul (duas), Bahia (três), Paraná (uma) e Amazona (uma). Ao todo, responde por 26 mil empregos diretos e 120 mil indiretos. O setor é apoiado por uma rede com mais de 4.500 pontos de venda no Brasil com 40 mil empregos. Em 2007 a ANIP criou a Reciclanip, voltada para a coleta e destinação de pneus inservíveis no País. Originária do Programa Nacional de Coleta e Destinação de Pneus Inservíveis, de 1999, a Reciclanip é considerada uma das principais iniciativas na área de pós-consumo da indústria brasileira, por reunir mais de 800 pontos de coleta no Brasil. Desde 1999, quando começou a coleta dos pneus inservíveis pelos fabricantes, mais de 2,37 milhões de toneladas de pneus inservíveis, o equivalente a 474 milhões de pneus de passeio, foram coletados e destinados adequadamente.

Prêmio-E – O trabalho de coleta e destinação de pneus inservíveis realizado pela ANIP/ Reciclanip recebeu um reconhecimento da UNESCO, o Prêmio-E na categoria “Economia”, entregue durante a durante a Rio+20, realizada em junho de 2012 no Rio de Janeiro. A premiação, em sua 1ª edição, integrou a programação oficial da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, com o objetivo de reconhecer as iniciativas socioambientais mais representativas dos últimos 20 anos, executadas após a ECO-92. Idealizada por Oscar Metsavaht, embaixador da Boa Vontade da UNESCO, o prêmio é uma parceria do Instituto-E  (http://www.institutoe.org.br/premioe/ ), Prefeitura do Rio de Janeiro e UNESCO.