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Expansão na fabricação de caminhões e caminhonetas puxa recorde na produção de pneus

A produção de pneus atingiu a marca de 68,8 milhões de unidades no Brasil em 2013. Este valor é um recorde e representa crescimento de 9,77% ante 2012. Os dados são da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos – ANIP (Fone: 11 5503.5400).
 
Fabricantes trouxeram ao país, de suas unidades no exterior, 5,88 milhões de pneus para complementar as linhas de produção locais com modelos que, pela sua demanda, não justificam ter uma fabricação brasileira.
 
Além do crescimento do setor de cargas e caminhonetas, que impulsionaram o mercado de pneus, o de pneus industriais foi movido pelo bom desempenho da construção civil (guindastes, carrinhos e outros equipamentos) e do comércio e importação (empilhadeiras), segundo Alberto Mayer, presidente executivo da ANIP.
 
As vendas de pneus para montadoras cresceram 6,3%, passando de 21,18 milhões para 22,50 milhões de unidades entre 2012 e 2013. Enquanto isso, as exportações caíram 6,3%, passando de 13,18 para 12,34 milhões de unidades exportadas. Um dos motivos citados para este resultado é a dificuldade de competição no mercado externo em função do Custo Brasil com que os produtores nacionais precisam lidar.
 
“Com a queda das exportações e o aumento das importações, a balança comercial do setor ficou negativa em US$ 355,5 milhões. Isso representa um novo recorde no déficit”, afirma Mayer.
 
Ainda de acordo com o presidente executivo, a participação de pneus importados no consumo aparente se manteve na faixa de 39%, com a China representando a origem de mais de 55% dos 44,9 milhões de pneus de todos os tipos importados.
 
“Mais de R$ 10 bilhões estão sendo investidos no período de 2007 a 2015 para acompanhar a evolução mundial do setor e a motorização crescente do Brasil que ocorre com o crescimento de renda. Vamos investir, também, na implantação do processo de etiquetagem de pneus, que consideramos uma medida muito importante na defesa do consumidor”, analisa Jean-Philippe Ollier, presidente do Conselho de Administração da Anip.
 
Reciclagem
Cerca de 404.000 toneladas de pneus inservíveis foram recolhidas e destinadas de forma ambientalmente correta. O processo de coleta destes pneus é realizado pela Reciclanip – entidade sem fins lucrativos mantida pela indústria do setor –, e é considerado a maior operação de logística reversa do país.
 
“A previsão de investimento para a atividade em 2014 é de R$ 99 milhões. Temos, hoje, mais de 824 pontos de coleta e uma média de 70 caminhões transitando diariamente, todos os dias do ano”, explica Mayer.
 
Os pneus inservíveis, como são chamadas as unidades que não estão mais em condições de uso ou reforma, são reaproveitados em diversos modos, como solados de sapatos, materiais de vedação, dutos pluviais, pisos de quadras poliesportivas, pisos industriais e tapetes para automóveis, além de asfalto. A maioria dos pneus, no entanto, é queimada como combustível alternativo nas indústrias de cimento.  
 
Fonte: LogWeb