Aumento das importações e diminuição de 17,6% nas vendas para montadoras geraram retração na fabrica

 A produção de pneus no mercado brasileiro registrou retração no ano de 2014, de acordo com dados da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos, a ANIP. Enquanto nos doze meses de 2013 foram produzidos 68,8 milhões de pneus, o acumulado mensal de 2014 chegou a 68,7 milhões de unidades, uma queda de 0,2%, mesmo com a entrada de mais uma marca no segmento, a Sumitomo/Dunlop. 

O presidente da ANIP, Alberto Mayer, aponta que as principais razões da baixa são a queda de 17,6% nas vendas para montadoras, que passaram de 22,5 milhões em 2013 para 18,53% em 2014, e o aumento das importações do componente.

Em 2014, foram importados 27,2 milhões de pneus, dos quais sete milhões foram trazidos por fabricas associadas e 20,2 milhões por marcas que não contam com fábrica no País. De acordo com dados da ANIP, 52,3% dos pneus importados vieram da China. As vendas registraram aumento de 0,8% entre as marcas associadas a ANIP, que comercializaram 74,9 milhões de pneus ante os 74,2 milhões vendidos em 2013.

 

Indústria de pneus fecha 2014 na mesma 

Fonte: Automotive Business 20.01 

Apesar de ter ganhado um novo fabricante de pneus no final de 2013 (Sumitomo/Dunlop), a produção não teve grande alteração, registrando leve retração de 0,2%, com 68,78 milhões de unidades produzidas e foram vendidos 3,97 milhões de pneus a menos entre 2013 e 2014, de acordo com a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip). 

 

De acordo com nota do presidente-executivo da associação, Alberto Mayer, a entrada de mais um fabricante em 2013 não alterou o cenário de estagnação. ?Ao contrário de 2010 quando a entrada de mais um fabricante (Continental) elevou a produção em 24,4% em relação ao ano anterior, em 2014 ficamos estagnados, o que significa na verdade um retrocesso?, afirmou. 

 

Mayer relaciona a queda na vendas de pneus às montadoras como um reflexo direto da queda nas vendas de veículos, de 15,3%, e também ao alto patamar de importações. 

 

O ano de 2014 fechou com a venda de 74,90 milhões de pneus vendidos pelas empresas associadas à Anip, uma expansão de 0,8% em relação ao ano anterior, que registrou 74,28 milhões de unidades. 

 

PRODUÇÃO ANUAL DOS FABRICANTES NO PAÍS 

(Em milhões de unidades de 2013 para 2014) 

 

Pneus de carga: – 4,1% (8,231 para 7,894) 

 Pneus de camioneta:- 10,5% (9,904 para 8,861) 

 Pneus para passeio: +2,2% (32,554 para 33,267) 

 Pneus para duas rodas: +4,0% (15,042 para 15,643) 

Pneus agrícolas: -5,9% (0,928 para 0,874) 

 Pneus OTR: +14,6% (0,103 para 0,118) 

 Pneus industriais: – 0,1% (2,073 para 2,070) 

 Pneus aviões: -3,9% (0,053 para 0,051) 

 

IMPORTAÇÕES E BALANÇA COMERCIAL 

 

No ano de 2014 foram importados 27,23 milhões de pneus, o que equivale a 39,6% da produção nacional. O país que mais enviou pneus ao Brasil foi a China, com 14,24 milhões de unidades, equivalente a 52,3% das importações. 

 

A balança comercial dos fabricantes teve um saldo positivo de US$ 824,84 milhões no ano, mas com as importações de outras empresas teve um saldo negativo de US$ 144,95 milhões. Comentários: 0   escrever comentário AGUARDE 

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Produção de pneus no país fica estagnada

 Fonte: Valor Econômico – 20.01 

 

Por Eduardo Laguna 

Como reflexo da forte queda nas encomendas das montadoras, compensada pelo bom desempenho do setor no mercado de reposição e uma leve retomada das exportações, a produção de pneus no Brasil ficou estagnada no ano passado. No total, 68,8 milhões de pneus foram produzidos em 2014, segundo levantamento da Anip, entidade que representa o setor. Isso equivale a uma leve queda de 0,2% em relação ao volume registrado em 2013 – de 68,9 milhões de unidades -, mesmo com o primeiro ano completo de produção de uma nova fábrica da japonesa Sumitomo no Paraná.

Ao anunciar os números, Alberto Mayer, presidente da Anip, fez uma comparação dos resultados do ano passado com os de 2010, quando, num ambiente de crescimento na produção de veículos, a entrada de um novo fabricante – no caso, a Continental – provocou alta de 24,4% na atividade da indústria nacional de pneumáticos. "Em 2014, ficamos estagnados, o que significa na verdade um retrocesso", diz o executivo.

O desempenho do ano passado foi prejudicado pelo recuo de 17,6% nas entregas a montadoras, cuja produção de veículos caiu mais de 15% em 2014. A indústria de pneus, porém, conseguiu fechar o ano com crescimento de 0,8% nas vendas totais porque o mercado de reposição – que absorve quase 60% do que sai das fábricas – registrou crescimento de 11,4%, para 43,9 milhões de unidades. Fora isso, houve alta de 0,6% nas exportações de pneus produzidos no país, que chegaram a 12,4 milhões de unidades.

Mesmo assim, a Anip informa que o setor terminou 2014 com déficit de US$ 145 milhões nas transações comerciais com o exterior, dado o volume ainda alto das importações: superior a 27 milhões de pneus, sendo 52,3% desse total proveniente da China.

Entre a segunda quinzena do mês passado e a primeira quinzena de janeiro, alguns fabricantes de pneus, como Pirelli, Bridgestone e Sumitomo, concederam férias coletivas para acompanhar as paradas de produção das montadoras. Na Pirelli, maior fabricante de pneus do país, a parada foi a mais longa desde que a multinacional italiana chegou ao país.