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Atente para o desgaste dos pneus

Veículo: O Povo Online

Não basta ter um carro potente, recheado de recursos tecnológicos se os pneus não estão em comunhão com o veículo. E as condições de uso determinam a durabilidade e estado do item, além da medida correta de calibragem. As informações são fáceis de achar: estão na lateral do próprio pneu. 
 
 Sthanley Santos, gerente operacional da GC Pneus, explica que letras e números gravados no pneu indicam índice de velocidade, carga, código DOT (Department of Transportation) e as dimensões do pneu.Cada formato daquele tem um significado. O código DOT diz a data e o local de fabricação. É como se fosse o RG do pneu. As dimensões são compostas por largura, altura e tamanho do aro, explica Sthanley.
 
Segundo a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip), o desgaste máximo do pneu é de 1.6 mm de profundidade. Após essa medida, o pneu é considerado careca. Sem os cuidados, aumenta-se a propensão de derrapagens laterais, aumento do espaço de frenagem, instabilidade em pistas molhadas (baixa drenagem) e potenciais cortes na banda de rodagem. A mecânica também tem peso no desgaste. Rodas desbalanceadas, por exemplo, podem gerar desconforto ao dirigir, causar perda de tração e estabilidade e acentuar o desgaste do pneu. Já a pressão irregular dos pneus reduz a durabilidade do produto, gerando perda da estabilidade em curvas e até aumentando o consumo de combustível – maior resistência de rolamento. O ideal é fazer a manutenção e checagem, tanto dos pneus, quanto dos itens mecânicos a cada 5 mil quilômetros rodados. 
 
  Vulcanização
 
Segundo o gerente da Gerardo Bastos, Hamilton Cavalcante, o macarrão é um remendo instantâneo que pode ser utilizado quando o remendo quente ou frio – conhecido como manchão – não estiver disponível. O macarrão seria apenas um paliativo, sendo necessária a sua remoção para que seja feita posteriormente a aplicação do manchão, dependendo sempre da avaliação profissional, afirma. 
 
 Já Sthanley Santos atenta para o tipo de dano no pneu. Para furos pequenos, como os ocasionados por prego, o macarrão é mais viável. Mas ele não é aconselhável para o reparo de furos na lateral, por ser uma área muito frágil. A vulcanização (manchão) é mais para casos de corte no pneu, completa.
 
Troca do aro
 
Aumentar ou diminuir o tamanho do aro influencia vigorosamente no comportamento do carro. Segundo Sthanley Santos, o manual do veículo determina o tamanho do aro. Não adianta querer colocar um aro muito maior do que o tamanho original e comprometer a suspensão do automóvel. Além disso, um aro maior pode implicar em um consumo maior de combustível, explica. 
 
 Hamilton Calvalcante reforça a importância de evitar exageros. É importante que uma medida off set seja mantida em relação às rodas originais, de forma a evitar que fique raspando o pneu na lataria. Medidas muito maiores que as originais comprometem, além da vida útil dos componentes de suspensão, o conforto do veículo, ressalta.
 
Recapagem
 
A escolha entre reformar ou comprar um pneu novo divide opiniões no meio automobilístico. Para Hamilton Cavalcante, a recauchutagem não compensa, pois compromete o conforto do veículo. A recauchutagem partindo seria indicada quando o pneu necessário não tivesse disponibilidade no mercado, comenta. 
 
 Para o consultor comercial da Pirelli, Luciano Ferreira, a recapagem vale a pena em alguns casos. Geralmente o pneu aguenta duas recapagens, depois de usado. Embora o risco de rasgos ou furos seja muito pequeno, a possibilidade de dano é maior em pneus que passam por esse processo, explica.