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Vendas de pneus recuam 2,6% até maio

Veículo: Automotive Business  – 16/06/2015 20:10:27
As vendas de pneus tiveram queda de 2,6% no acumulado entre janeiro e maio deste ano na comparação com igual período do ano passado, passando de 31,8 milhões para 31 milhões de unidades, incluindo exportações, conforme balanço divulgado na terça-feira, 16, pela Anip, Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos. Devido à forte retração da produção nacional de veículos em todos os segmentos, a entidade reportou redução de 20,6% das vendas diretas às montadoras, para pouco mais de 6,6 milhões de unidades, gerando a menor participação de vendas para o mercado original dos últimos 10 anos. 
 
Já as vendas para o mercado de reposição se manteve em alta, com crescimento de 9% na mesma base de comparação, para 19,6 milhões de unidades entregues no acumulado. Por sua vez, a produção do setor também apresentou resultado positivo: houve leve incremento de 1,7%, para pouco mais de 30,4 milhões de unidades, com destaque para o aumento de 14% da fabricação de pneus industriais e de 8,6% nos pneus de veículos leves. 
 
"Esperamos que o pacote de concessões anunciado pela presidente volte a animar o mercado. Entretanto, temos grande preocupação com os fracos índices da indústria brasileira", pondera o presidente executivo da Anip, Alberto Mayer. 
 
De acordo com a Anip, o perfil de venda por segmento – montadoras, reposição e exportação – mudou drasticamente nos últimos anos. Em 2006, considerando a média mensal, 40,73% do total de pneus fabricados no Brasil era destinado ao setor de reposição. No início de 2015, esta porcentagem alcançou 63,15%, em contrapartida a diminuição recente na produção de veículos. Por outro lado, a venda para OEM, que respondia por 26,4% do total em 2006, na média mensal, e em 2011 chegou a 31,7%, representou apenas 20,83% dos negócios registrados entre janeiro e maio deste ano. 
 
"O crescimento da participação do mercado de reposição em relação ao total vendido por nossas associadas reflete o enfraquecimento da demanda das montadoras em virtude da redução de vendas que levaram inclusive a demissões, férias coletivas e layoffs como amplamente noticiado. O cenário é agravado pela diminuição da competitividade industrial brasileira, afetando o volume das exportações neste segmento que passou de 32,69% do total vendido pelos fabricantes no ano de 2006 para 15,85% neste início de 2015", comenta Mayer.