Preview Pirelli Grande Prêmio da Malásia
Rodada 16 de 21
Sepang, Malásia, de 30 de setembro a 2 de outubro de 2016
Uma das únicas coisas em comum entre o Grande Prêmio da Malásia e o vizinho Grande Prêmio de Cingapura, que o precede, é a umidade. Resultado das tempestades tropicais torrenciais que assolam a região quase diariamente, é bem comum que a umidade do ar passe dos 80%. No entanto, o atual circuito é totalmente diferente, com altas velocidades e longas curvas. Por essas razões, os três compostos mais duros da gama da Pirelli (P Zero Laranja duro, P Zero Branco médio e P Zero Amarelo macio), que não eram selecionados desde Silverstone, foram os escolhidos. Pela primeira vez desde o Canadá, o composto mais duro disponível deve ser usado na corrida (dois jogos do duro foram nomeados como obrigatórios). A pista foi completamente recapeada e fechada por três meses. Isso deve fazer com que ela fique menos abrasiva do que antes, uma característica típica de Sepang no passado.
O CIRCUITO DO PONTO DE VISTA DO PNEU:
• A temperatura da pista é quase sempre alta. É, literalmente, possível fritar um ovo no asfalto.
• No passado, os índices de uso e degradação dos pneus foram altos, fazendo com que uma estratégia com múltiplas paradas fosse provável.
• Chuvas pesadas também são frequentemente uma das características do GP da Malásia, causando até mesmo bandeiras vermelhas. Isso também faz com que toda a borracha acumulada seja levada pela água, afetando a evolução da pista ao longo do fim de semana.
• A degradação térmica é um fator importante, novamente por causa das altas temperaturas do ambiente e da pista.
• Sepang é um circuito variado, mas também há algumas curvas rápidas com grandes cargas laterais de energia.
• A nova superfície deve fazer com que a pista tenha muito menos ondulações.
• O pneu dianteiro esquerdo é o que mais trabalha e tende a ser um fator limitador na duração dos stints.
OS TRÊS COMPOSTOS INDICADOS:
• Laranja duro: deve ser usado na corrida, uma vez que dois jogos deste composto foram nomeados como obrigatórios.
• Branco médio: deve ser a chave para uma estratégia flexível, o que geralmente gera dividendos em Sepang.
• Amarelo macio: um composto macio, mas com alta gama de trabalho, o que faz com que ele seja muito utilizável na Malásia.
COMO FOI NO ANO PASSADO:
· Sebastian Vettel, da Ferrari, venceu com uma estratégia de dois pit stops, começando com o médio, mudando novamente para médio na volta 17 e então para o duro na volta 37. A temperatura da pista chegou aos 56º C.
· Melhor estratégia alternativa: Lewis Hamilton, da Mercedes, fez três paradas e chegou em segundo, tendo largado da pole position. Seu parceiro de equipe também usou essa estratégia e chegou em terceiro.
PAUL HEMBERY, DIRETOR DE MOTORSPORT DA PIRELLI: “Em termos de condições extremas que oferecem um verdadeiro teste para os pneus, a Malásia está acima de qualquer outra coisa que vemos durante o ano. Isso acontece por causa das temperaturas elevadas, bem como as altas cargas de energia proporcionadas pelas curvas rápidas. O grande fato desconhecido para este ano é a superfície da pista, que é completamente nova. O clima também pode mudar em um instante, tornando a pista em uma monção. Como resultado disso tudo, Sepang deve trazer um fim de semana bem variado, onde será difícil acompanhar a evolução da pista. Vimos um alto número de pit stops no passado e provavelmente teremos múltiplas paradas para a maioria dos pilotos novamente este ano. Obviamente, isso abre uma gama ainda maior de variáveis no que se refere a potenciais estratégias de corrida, agora que as equipes possuem três compostos para escolher.”
O QUE É NOVO?
• Há uma superfície inteiramente nova, além de nova drenagem, novo meio-fio e áreas de escape com cascalho redesenhadas.
• O GP da Malásia passou por alteralções no calendário, passando de março para setembro.
• A programação de testes de pneus para 2017 continuou na semana passada, com a Mercedes testando pneus de chuva na França.
• A ação na pista começa na quinta-feira este ano, com a primeira sessão da GP2 no fim da tarde.